Quarta-feira, 28 de Janeiro De 2009
O retrato
No verão passado, andava eu nas minhas arrumaçõese limpezas, cheguei ao meu sótão, onde guardo algumas coisas que já têm alguns anos, mas das quais eu não me quero separar ainda, até porque todas elas me trazem recordações de outros tempos, nem todas boas, mas mesmo as menos boas foram vividas por mim e sendo assim fazem parte da minha vida.
Entre tantas coisas que remexi algumas fui deitando fora, guardei mais uma vez outras tantas já com muitos anos de história....
No meio de alguns papeis e livros velhos encontrei uma caixa com uma linda gravura, e que estava bem arrumadinha até parecia que guardava um tesouro, de tão estimada que estava.
Demorei alguns minutos a abri-la, não sei porquê!!Mas de repente lembrei-me o que estava lá guardado, e veio-me á memória a minha juventude, que não tem muitas coisas boas para recordar, mas como disse nalgumas linhas atrás tudo o que passei faz parte da minha vida, e fez-me crescer, talvez depressa demais..
Então abri a caixa!!! E ali estava uma parte da minha vida retratada, não com a minha imagem, mas sim com muitos retratos de alguém jovem que estando longe de mim estava sempre presente em muitos retratos tirados num Pais distante e em Guerra.
Sentei-me no chão esqueci as horas que foram passando, e vi os retatos um a um, revivi cada momento em que os tinha recebido, e as lágrimas iam caindo sobre eles, e vinham-me á memória aqueles tempos já tão distantes mas ainda tão presentes, mesmo passados quarenta anos, e que foram de tanto sofrimento.
História real um pouco ficçionada para :
http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/
A sua história desta semana já está prontinha e a minha ainda está no caderninho porque a escrevi toda no café... ainda está tão ligada ao seu passado... somos todos um pouco assim, sabe? Mas também nos podemos lembrar das coisas mais bonitas, fazer com que elas se tornem mais presentes do que as que ainda nos magoam.
um grande abraço e durma bem.

Tem razão minha amiga, mas as coisas piores são as que ficam mas bem enraizadas, as boas não é que esqueçam mas como são mais doces não queremos expô-las tanto e ficam cá dentro do coração bem guardadas, para todo o sempre.
Mas como sempre foi o que me foi saindo, e eu fui escrevendo.
Até logo

eu sei como é, amiga! Parece que as palavras nascem sozinhas...
Abraço grande!

Gostei muito do que li mesmo sendo uma História triste. Acho que a fábrica de Histórias, está de parabéns por a ter convidado, pois fez uma bela aquisição. Parabéns. Eduardo.
Fisga a 31 de Janeiro de 2009 às 10:00
Muito obrigado pelas suas palavas e bom fim de semana
Ainda cá está o texto da fábrica de histórias...
Volto mais logo!
Abraço!

Agora já lá está outro, e agora vou-me deitar que estou cansadota também
Até amanhã
