Sexta-feira, 02 de Janeiro De 2009
Olá ! Eu hoje não tinha nada para publicar, mas de repente surgiu-me este soneto que aqui vos deixo, então aqui vai.
Olá Ano Novo
Quando entrar o Ano, eu vou pedir
Saude, Paz Amor, compreençao
Vou pôr a trabalhar, o coração
Esperar por aquilo, que há-de vir
Será que passados, alguns meses
Estarei a ser recompensada?
Ou pedir não me valeu de nada
Está tudo igual, ás outras vezes
Já não vale a pena, estar pedindo
Tudo está na mesma, e a seguir
Vou ficar quieta, e esperar
Quase sem forças, vou seguindo
Com pouca vontade, vou partir
Para chegar ao fim, e descansar
Ai... este soneto bem poderia ser um dos muitos pensamentos que passaram pela minha cabeça nestes últimos dias... e penso mesmo que não devo mudar de atitude... sabe que, quando regressava do cafezinho, estava um borrachinho de pombo ainda muito, muito pequenino,a tiritar de frio, junto à minha porta? Claro... já cá está. Não tenho espaço. As transportadoras estão cheias, o Spirit está na marquise e chamava-lhe um figo se o apanhasse... está dentro da banheira, com muitos jornais a forrá-la. Acho que qualquer dia não caibo cá em casa... só espero que seja um daqueles borrachinhos que crescem e ficam autónomos... tive de lhe enfiar uja bolacha Maria levemente embebida em água - já criei muitos assim - pelo biquito abaixo, porque é mesmo muito pequenino e tinha o papo completamente vazio. os outros não lhe fazem mal. Já se habituaram aos pombos da casa e nem ligam a mais um, mas com o Spirit tenho de ter muito cuidado... enfim. Há coisas às quais não consigo mesmo resistir, principalmente porque vejo a indiferença que a maioria das pessoas tem em relação a isto. e digo indiferença para não dizer hostilidade. Já vi homens crescidos a dar pontapés a borrachinhos indefesos... olhe, só sei que, quando eles me aparecem à frente,eu não consigo ficar indiferente. Só espero que cresça depressa e que não tenha sido envenenado, senão será mais um que fica dependente...
Desculpe o desabafo... um abraço.
