Sexta-feira, 06 de Fevereiro De 2009
O que será o "Sonho"
De sonho em sonho, o pensamento
Pelo espaço anda, cavalgando
Parar! Não sei como, nem quando
Perco a noção, e esqueço o tempo
Por onde ando eu, a viajar
Não conheço os trilhos, onde passo
Nem chego a saber, o que é que faço
Só sei que o meu tempo, é para sonhar
Tempestades, vendavais e turbilhões
É tudo o que vejo, no meu sonho
Até chego a assustar-me, de verdade
É difícil conter as emoções
Aquilo que eu vejo, é medonho
Mas será que não é Realidade?
M-I-P
Terça-feira, 03 de Fevereiro De 2009
E agora
Este fim de semana fui passear para o campo como gosto de fazer quando tenho alguma coisa que me entristece
E desta vez precisei desse escape para pôr as ideias em ordem.
Então dei por mim a pensar no que foi a minha vida, e lembrei-me do dia em que pela primeira vez entrei naquela fábrica. Era muito jovem, e entrei para lá com a ideia firme que a minha vida ia melhorar, e realmente melhorou bastante.
Conheci o grande Amor da minha vida, e casámos algum tempo depois, ficando os dois a trabalhar no mesmo sitio.
Então a nossa vida passou a ser o "Paraíso" vivíamos a nossa Paixão com muita intensidade, e nunca nos fartávamos de estar juntos todas as horas do dia e da noite.
Enfim era tudo Felicidade, entretanto nasceram as nossas filhas, e a Felicidade era completa, e com estabilidade financeira que era o suficiente para vivermos bem e criar as nossas filhas e educa-las com tudo o que elas precisassem, e assim cresceram felizes.
Hoje tem a sua vida organizada, e nós estamos tranquilos.
Ou melhor! Estávamos... Porque ao fim de tantos anos a trabalharmos na mesma empresa, um dia o patrão chegou reuniu o pessoal todo para dar a triste noticia.
Então começou por dizer que tinha gostado muito de trabalhar connosco, mas por causa da crise tinha de fechar a fábrica.Escusado será dizer que a nossa vida ficou de pernas para o ar, parece que o mundo caia em cima da nossa cabeça.
...E AGORA? O QUE VAI SER DE NÓS!
O meu marido entrou em desespero, era novo demais para se reformar e velho demais para arranjar outro emprego.
Comigo passava-se o mesmo porque as nossas idades eram muito próximas.
Mas eu nem por sombras queria entrar em desespero também, porque os dois desesperados era um desastre!
Então resolvi isolar-me um pouco no meio da imensidão do campo a ouvir os sons da Natureza para ter alguma ideia para nos salvar daquele pesadelo.
E tive uma grande ideia, como gosto muito da terra , de mexer em plantas fui á procura de alguma coisa nesse campo, e achei um anuncio a pedirem um casal para tomar conta de uma quinta! Claro que respondi ao anuncio e fomos admitidos.
Escusado será dizer que hoje tenho a minha vida organizada, e estou muito bem financeiramente, atendendo ao meu estado antes de ter arranjado este emprego.
E isto tudo acabou assim porque não entrei em desespero e fui á luta para ter uma vida melhor e não cruzei os braços nem deixei que o meu marido o fizesse.
História escrita e ficcionada para a fábrica de histórias
http://fabricadehistorias.blogs.sapo.pt/">
M-I-P
Segunda-feira, 02 de Fevereiro De 2009
Boa Noite! Hoje lembrei-me dos meus tempos de menina, quando vivia no Alentejo e ia com o meu Pai para o campo, quando ele ia trabalhar, e surgiu-me este soneto, espero que gostem.
O canto da cotovia
Quando oiço as cotovias, a cantar
Vem-me á memória, a minha infância
Como era feliz, sendo criança
Andando em liberdade, e a brincar
Debaixo da azinheira, eu brincava
Enquanto o meu Pai, com alegria
Semeava o Pão, de cada dia
E o carinho dele não faltava
Quantas vezes eu, adormecia
Ao som da passarada, a chilrear
E sonhava com um mundo, bem diferente
Acordava ao som, da cotovia
Que perto de mim, ia poisar
Cantando para mim , alegremente
M-I-P 