Quinta-feira, 01 de Maio De 2008

Oliveira
De curtas vestes, verdes, estou vestida
Eu que já vesti, roupa maior
Mas mudei de sitio, e por Amor
Durante muito tempo, fui despida
Mudaram-me de sitio, e eu não sei
A razão porque alguem, o quis fazer
Fiquei sem liberdade, sem saber
Onde estava, e até porque fiquei
Lá no Olival, não era assim
Onde minhas irmãs, vivem agora
Livres, respirando, outros odores
Agora estou vivendo, num jardim
Onde quase pensei, em ir embora
Mas agora estou feliz, com as flores
M-I-P

Arvore
Cortaram-me os ramos, fiquei nua
Á mercê dos ventos, e tempestades
Perdi, todas as minhas vaidades
E deixei de fazer sombra, aquela rua
Ao fim de tanto tempo, desnudada
Os meus ramos, voltaram a crescer
Voltei a ter, vontade de viver
De novo estou a ser admirada
Depois da tempestade, a bonança
A beleza voltou a aparecer
E não haverá nada mais bonito
Tenho folhas verdes, como a Esperança
Que despontam, de dentro do meu Ser
Em busca do Sol, e do Infinito
M-I-P