Uma história ao acaso
Uma história ao acaso
Eram 6,3o da manhã, duma manhã fria de Inverno, mas diziam os meteorologistas que ia estar um Sol radioso, o despertador fez aquele barulho horrível, estendi o braço para o "calar" mas de repente abri os olhos e lembrei-me que ia viajar, era uma viagem com um sabor especial.
Mais uma vez ia ao meu Alentejo e isso era um bom motivo para sair da cama aquela hora da manhã.
Era Inverno o dia estava muito bonito mas muito frio
O Sol brilhava com uma intensidade que quase nos "cegava" e o céu estava tão azul que mais parecia uma enorme"safira"
Mas o melhor estava para vir. Ao fim de algum tempo de viagem entrei no Alentejo e o Sol tornou-se ainda mais brilhante e o céu ainda mais azul.
Tinha caído geada durante a noite e o chão estava branquinho cheio de gotas de orvalho que mais pareciam cristais.
Mas o que mais me impressionou foi ver o Sol por entre as azinheiras e chaparros lançar uns raios dourados como "ouro".
Assim que tocavam o chão formava-se um nevoeiro que bailava e chocando com os raios de Sol fazia um efeito "mágico, onde se misturavam as gotas de orvalho com o dourado do Sol tudo junto dava um efeito espectacular que não dá para descrever.
Eu sei que esta viagem foi muito bonita e eu tentei gravar na memória aquela imagem e consegui, porque ainda hoje quando fecho os olhos consigo ver esse espectáculo da Natureza.
Depois de chegar ao meu destino e descansar umas horas fiz o percurso inverso e o que tinha visto de manhã transformou-se noutro espectáculo tão belo ou ainda mais belo que aquele a que tinha assistido umas horas antes.
Onde havia nevoeiro e gotas de orvalho estava agora a descoberto campos de malmequeres brancos como a neve numa extensão a perder de vista a fazer lembrar a chegada da Primavera.
Ah! Como eu gostava de ter tempo para passar as manhãs a ver os raios de Sol a beijar a terra e a terra a agradecer, lançando nevoeiro para os "conquistar".
Quem me dera puder passar pelos campos á tardinha e receber o aroma dos malmequeres pequeninos que ao longe mais parece um quadro pintado por algum pintor que por ali passou e tal como eu ficou enamorado por aquela beleza pura e tão Natural.
A juntar a esta beleza ainda há os animais as vacas os cavalos as ovelhas e os porcos também, que gozando aquele Sol de Inverno se vão alimentando das ervas frescas que brotam do chão por todo o lado, e os coelhos bravos que saem das suas tocas e vêm para o Sol "lavar " as suas orelhinhas e aquecerem-se.
Isto não é ficção é realidade aquela realidade que só quem vive no campo tem o privilégio de ver e sentir
Quem me dera ser uma dessas pessoas privilegiadas, mas como não sou vou ter e saborear de vez em quando essa imagens "mágicas" e maravilhosas
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