Noite sem fim

 

 

 

Noite sem fim

 

O dia nasceu um pouco"farrusco" umas nuvens tapavam o Sol que acabava de aparecer no horizonte e teimoso lançava os seus raios dourados sobre a terra.

Aurora ficou um bocadinho triste porque precisamente nesse dia tinha planeado sair e ir  dar um passeio até á beira mar, não que quisesse dar algum mergulho mas queria ouvir e sentir o cheiro do mar.

Mas tambem num instante mudou de ideias.

Soube  que havia uma festa popular ali perto de onde  residia e resolveu mudar os planos

Pegou no telemóvel e ligou para a sua amiga Rita.

-----------Rita por onde andas tu ? A esta pergunta a Rita respondeu com uma voz um tanto sumida. Estou para aqui sozinha e triste sem ter nada para fazer.Tirei dois dias de férias a pensar que ainda ia apanhar um pouco de praia e afinal o tempo pergou-me esta partida.

Agora vou aproveitar o dia  e vou dormir o dia todo para recarregar baterias.

------Dormirrrrrr!!! Grita a Aurora do outro lado , nada disso. Eu liguei para te convidar para dar-mos um passeio , irmos a uma festa aqui perto que dizem ser muito divertida e para o final da noite há baile até o Sol nascer e com gente muito gira. Estás a entender???

Por isso esquece  a cama por hoje.

...Está bem!!Convenceste-me.A que horas  queres ir?A Aurora ficou entusiasmada com a ideia de irem passar um dia diferente e ainda por cima ter  sido planeado em cima do" joelho". Mas também pensou que as coisas sem serem programadas saiem  sempre bem e há sempre o factor surpresa.

Então  responde a Aurora!Depois do almoço, aí por volta das três horas, acho que vamos em a tempo.

Ás quinze horas em ponto lá estava a Rita á porta da amiga para seguirem para o seu passeio que era afinal uma alternativa  aquilo que tinham planeado.

Mas a esse hora já o dia tinha mudado de aspecto, estava um Sol radioso e um céu limpo e tão azul que mais parecia uma  enorme Safira.

E a Rita pouco entusiasmada com o passeio disse  para a amiga. Já viste o dia que está, bem podiamos alterar os planos.

--Nem penses nisso!Agora vamos para a festa a acabou-se.

Realmente a festa  estava muito bonita, muitas coisas para ver, muitos stands de exposições onde viram fazer o nosso artesanato e até compraram algumas  peças feitas de propósito para elas  com uma dedicatória e trocaram entre si para  recordar esse dia.

Deram volta ás "barracas" todas, comeram um bom sorvete bem "aviado" estavam a adorar aquela tarde que estava a ser muito divertida.

---Já era noite e resolveram ir comer qualquer coisa e sentaram-se   a uma mesa no restaurante da feira e pediram frango assado na brasa com uma boa salada e  no final uma bela "fartura"jantaram muito bem.

Já estavam  a achar que o tempo estava a passar depressa demais, quando na mesa  mesmo em frente  a elas dois jovens muito bem parecidos,   parecendo que estavam sozinhos não tiravam os olhos de cima delas.

Uns minutos  depois a mesa em vez de ter duas pessoas  a jantar passou a ter quatro.

----Escusado será dizer que a partir desse momento a festa ficou muito  mais animada.

Mas  a  noite começou a ficar ventosa e até fria e já perto da meia noite começou a chover um pouco. Mas ninguém pensou que a partir daquele momento o tempo iria piorar mais ainda.

Começa a fazer relâmpagos  e trovões e a chover torrencialmente, o vento não parava de " soprar" tão forte que  alguns toldos  voaram e gerou-se algum pânico entre as muitas pessoas que andavam a passear.

Tiveram  de  se  abrigar daquela tempestade fora de tempo que  lhe  causou bastante medo e parecia que aquela noite não ia ter fim.

O que  valeu para não ficarem tão assustadas foi terem a companhia daqueles dois jovens, que tambem estavam assustados, mas para afastar o medo ficaram abraçados a elas até passar aquele "dilúvio".

Já era quase manhã quando  deixou de chover e de fazer trovões, e deram por  terminada   essa festa que afinal foi muito bonita e diferente,  mas que não irão esquecer tão cedo por vários motivos,  principalmente aquela noite tão assustadora que parecia não ter fim.

 

texto escrito e ficcionado para a :Fábrica de Histórias

publicado por linhaseletras às 00:20
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